quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Sucessos e erros das manifestações de 21 de setembro
domingo, 17 de agosto de 2025
Os resultados antidemocráticos do voto obrigatório
No Brasil o voto é obrigatório desde a independência, em 1822. É curioso que a esquerda em sua maioria defenda tal obrigatoriedade como democrática. Seria algo politizador e uma garantia da participação popular. Os defensores de esquerda do voto obrigatório têm o hábito de iniciar suas argumentações com um discurso sobre a miséria do povo. A miséria e ignorância do povo justificariam obrigar esse mesmo povo a votar. A direita, que sempre dominou o parlamento, e sempre manteve o voto obrigatório, é que estaria enganada, ou pensando no bem do povo? Os senhores de escravos do Império, as elites políticas da República velha, Vargas, as duas ditaduras do século XX, todos mantiveram o voto obrigatório.
terça-feira, 5 de agosto de 2025
Trump acelera a queda do dólar
É verdade, como disse Trump, que a substituição do dólar como moeda de referência internacional equivaleria aos EUA perderem uma guerra mundial. Diga-se de passagem, foi a Segunda Guerra Mundial, quando os EUA tornaram-se uma superpotência econômica, que levou aos acordos de Bretton Woods, onde os países capitalistas acordaram usar o dólar como nova divisa internacional. Fixou-se então que os EUA poderiam emitir 35 dólares para cada onça que tivessem de ouro. Mas em 1973, tendo os EUA gasto muito ouro, e precisando gastar muito com a guerra no Vietnã, Washington rompeu essa parte dos acordos de Bretton Woods e o dólar passou a ser emitido a bel prazer do banco central estadunidense, o Federal Reserve. Desde então, os EUA se beneficiam de toda a emissão de dólares, e o mundo todo paga por sua desvalorização contínua. É uma forma de roubar o mundo todo. Devido a políticas econômicas liberais, os EUA se desindustrializaram nas últimas décadas, perdendo o verdadeiro lastro do dólar. Porque na verdade, embora os EUA não garantissem mais ter uma onça de ouro por cada 35 dólares, todo o planeta sabia que poderia conseguir qualquer mercadoria desejada por dólares, pois mesmo que algum país não aceitasse mais essa moeda, os próprios EUA teriam a mercadoria, graças à sua economia completa. Mas agora, os EUA importam muito mais, não só em dólares, mas na realidade, em mercadorias, do que exportam. O que sustenta esse luxo, e mantém o padrão de consumo dos estadunidenses elevado, é o dólar ser a moeda mundial. Portanto, realmente, se o dólar perder essa posição, a população dos EUA vai sofrer como a derrota de uma grande guerra, e as consequências são imprevisíveis.