Israel movimenta tropas em direção à Sìria

Há meses atrás denunciamos que a Turquia fazia declarações que indicavam guerra contra a Síria e previmos que Israel poderia se aproveitar para entrar na guerra, estendendo-a contra o Irã. Parece, no entanto, que os israelenses não estão com paciência de esperar a Turquia. Estão anunciando que podem atacar a Síria para evitar que armas químicas e biológicas caiam em mãos de grupos que eles consideram terroristas, e já estão movimentando tropas, dias depois da chegada à Turquia de mísseis capazes de defender esse país da aviação síria.

Financiando grupos fundamentalistas islâmicos, os inimigos da Síria criaram uma guerra civil árabe, pois os guerrilheiros e terroristas são oriundos de diversos países árabes e não só da Síria, que já dura quase dois anos. Ao mesmo tempo fizeram uma campanha internacional contra o governo sírio, o regime laico da família Asad. A preparação da uma intervenção estrangeira é clara, e Damasco fica muito perto de Israel.

A inatividade por parte de iranianos, russos e chineses, que se limitam a defender, não sem vacilações, a Síria no terreno diplomático e fornecendo armas, encoraja a nova cruzada, dessa vez talvez feita por judeus. Um ultimato conjunto de Rússia e China bastaria para impedir uma guerra de Israel e Turquia contra a Síria. Mas os dois gigantes da Ásia, outrora de pé, embora sejam o alvo final, os verdadeiro perdedores no caso da queda da Síria em mãos de Israel, parecem vacilar, hesitar, tremer.

Porém, as explicações sobre a inatividade dos gigantes se ligam a questões internas de ambos, que caíram em mãos de governantes capitalistas, portanto corrompidos e manipuláveis. A luta pela liberdade da Ásia se confunde com a luta pelo socialismo.

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