Milhares de
analistas políticos em todo o mundo concordam em considerar que os últimos
meses revelaram um novo jogo de forças mundial, mais especificamente desde
Julho de 2013 quando a Rússia impediu as potências ocidentais de bombardearem a
Síria, confirmando-se agora com a reanexação da Criméia à Rússia. O que esses
analistas não querem ver é que esses episódios não são isolados, mas sim o
choque de interesses entre os maiores poderes mundiais, e que esses choques não
resolveram nada, ou seja, não terminaram. A acomodação de interesses entre
potências capitalistas nunca é fácil e indolor. Acrescente-se que há vários
anos o mundo vive mergulhado em uma superprodução crônica, da qual a China é só
um fator, embora de muito peso.