Em recente artigo no
São João del Pueblo, Wlamir Silva explicou como as emendas parlamentares servem aos deputados de moeda política com a qual compram as bases. "Compram" é exatamente a palavra, são 10 milhões de reais por deputado, todo ano. Nesse artigo e em outros precedentes o camarada explicou suficientemente o funcionamento desse comércio.
Existe, contudo, outra parte desse mercado, igualmente nociva à República, que se dá entre os deputados federais e a presidência da República, que é a liberação dessas emendas. Ou seja, os deputados podem indicar 10 milhões em gastos públicos, mas quem libera ou não esse dinheiro, quando quiser liberar, é a presidência da República. Obviamente, o poder executivo usa esse poder para forçar os deputados a votarem de acordo com sua vontade. Sim, o deputado que oferece "serviços" para as bases, ou seja, verbas públicas materializadas em obras e serviços públicos, tem por sua vez que vender seu voto à presidência da República.