quinta-feira, 31 de março de 2011

Infantilidades dos comunistas brasileiros no século XXI

Quando surgiu o movimento comunista internacional, liderado pelo Partido Bolchevique, os novos partidos, Comunistas, começaram a sofrer do que Lênin chamou de “doenças infantis”. Podemos dividir em três partes principais as críticas de Lênin no livro “Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo”. Primeiro Lênin demonstrou que o preconceito dos revolucionários contra as eleições é inaceitável. Depois, que é impossível qualquer revolução, ou mesmo qualquer movimento comunista de verdade, sem alianças. Em terceiro que somente aos contra-revolucionários interessa que os comunistas fiquem longe das organizações de massas, mesmo que essas sejam controladas por pelegos. Em meio a tudo isso Lênin identificou um espírito de seita, o sectarismo, muito forte nos grupos políticos que apresentam sintomas de doença infantil. Hoje, podemos acrescentar ao menos duas características normais nos infantis esquerdistas, que é a mania de fazer oposição às revoluções dos outros, e em alguns casos o culto à luta armada. No Brasil, surgem características nacionais do esquerdismo, que assim como as utopias, nasce espontaneamente, pois é pura ignorância, pura falta de estudos do marxismo, são posições a que qualquer pessoa chega a partir do que aprende na TV, na escola, na família, na igreja e nas ruas, ou seja, a partir do senso comum.

Lênin inicia o Esquerdismo informando aos ignorantes que sem participar de várias eleições o Partido Bolchevique nunca teria derrubado o Tzar, e que foi necessário participar de eleições capitalistas mesmo depois de instalado o poder dos Soviets. Podemos acrescentar que também os revolucionários de Sierra Maestra construíram parte de seu movimento revolucionário participando de eleições, pois muitos dos que estavam com Fidel no dia do ataque a Moncada haviam participado com ele de diversas eleições. Hoje, como na época de Lênin, só restam dois casos em que revolucionários não participam de eleições, quando não podem ou quando não participar é a forma mais eficiente de participar. No primeiro caso estão lutando para que aconteçam eleições ou para poderem participar delas, e no segundo estão participando!