Há meses as TVs, políticos, e agora até ministros do Supremo
voltaram suas baterias contra o que chamam de “fake news”, termo popularizado
contra essa mesma grande imprensa pelo caricatural presidente dos EUA. Porém,
quando prestamos atenção aos discursos da grande imprensa e dos “honestíssimos”
políticos brasileiros sobre as “fake news”, nota-se que na verdade o discurso é
contra a Internet! São mais ataques á liberdade de expressão! Conservar a atual
catástrofe social e liberdade de expressão parecem ser inconciliáveis!
Fato é – os políticos, na esperança risível de reverterem
sua desmoralização completa, têm tentado cercear a liberdade de expressão,
sobretudo na Internet. Se pudessem, fechariam a Internet! Já as grandes TVs,
máquinas de guerra dirigidas por pessoas muito mais capacitadas que a nossa
atual geração de políticos, desprezam essas tentativas de cercear a Internet, e
já adotaram tática mais eficiente – a desmoralização.
As máquinas de mentir e manipular querem acusar os milhões
de internautas de mentirosos! De fato, na Internet, como nas bancas de jornais,
como nos botequins, como até nas bibliotecas públicas, nas livrarias,
destacadamente nas TVs etc. existe muita porcaria, muita mentira. Em questão de
qualidade de conteúdo a diferença entre Internet e TVs é que na Internet existe
de tudo, coisas boas e ruins, já nas TVs quase não existe nada que preste.
Mas a regra tem sido a Internet descobrir e denunciar as
suas próprias mentiras. Outra regra tem sido a Internet regular as mentiras das
grandes TVs! Antes da Internet, não havia onde desmentir a grande imprensa! Agora
a Internet pauta as TVs, obrigando-as a noticiar muita coisa que antes
esconderiam. As TVs querem voltar a mentir a vontade!
Os anos eleitorais são os anos em que as TVs mais manipulam,
mais mentem. Para garantirem esse poder, as TVs precisam desmoralizar a
Internet. Negam, mas querem limitar, intimidar, desmoralizar os internautas em
sua participação nas eleições de 2018.
Não temos dúvidas de que cabos eleitorais de diversos
partidos mentirão na Internet. A diferença é que antes só os candidatos mais
ricos tinham dinheiro para imprimir e distribuir mentiras, e os adversários as
vezes não tinham tempo para responder! As TVs insinuavam coisas, “se enganavam”
com alguma notícia nas vésperas das eleições e só corrigiam o “erro” depois das
eleições. Com Internet um candidato caluniado pode se defender em tempo hábil,
até mesmo no dia da eleição.
As mentiras não são culpa da Internet, mas de nosso modelo
eleitoral. Votamos em pessoas, e nosso debate “político” é rebaixado a debater
suas personalidades. Nossa democracia se daria porque ao escolhermos uma pessoa
estaríamos escolhendo uma política a ser seguida, o que é obviamente uma
mentira. As próprias pessoas não se conhecem, como um eleitor pode vir a
conhecer de fato a personalidade de um candidato? Eis uma situação em que a
mentira domina! Tanto a propaganda de um candidato qualquer, quanto o que se
diz sobre a personalidade dele, só podem ser mentiras, no muito adivinhações!
Seres que não conseguem conhecer as personalidades de seus filhos e conjugues
acham que podem conhecer a personalidade de raposas políticas que só vêem pela
TV? É mesmo muita inocência, da qual tem se beneficiado os carreiristas
políticos, mas sobretudo, o capital para dominar a sociedade.
Pior que a média da “democracia ocidental”, somos um dos
poucos países (uma minoria de fracassados na América e na África)
presidencialistas do mundo. Em 2018, segundo esse modelo político infantil,
partidos e TVs tentarão emplacar um “salvador da Pátria”, e temem a
iconoclastia da Internet.
Comentários